Reestruturação na Área de Controle da Terminal São Paulo é tema de encontros

Controladores de Tráfego, representantes de empresas aéreas e associações da aviação civil participaram das reuniões

   O Serviço Regional de Proteção ao Voo de São Paulo (SRPV-SP) promoveu, no período de 2 a 6 de julho, reuniões com o objetivo de construir ideias para a projeção da nova circulação aérea Terminal São Paulo, região de maior movimento do país. Esta é uma das etapas do projeto da Reestruturação na Área de Controle da Terminal São Paulo, denominado Projeto TMA-SP Neo.




   O projeto visa à diminuição da carga de trabalho de Controladores de Tráfego Aéreo e pilotos, a redução do consumo de combustível e da emissão de gás carbônico pelas aeronaves e a absorção do crescimento da demanda do tráfego aéreo pelos próximos dez anos. A intenção é manter a política de melhoria contínua aplicada pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA).

   Militares de organizações relacionadas ao Controle de Tráfego Aéreo, representantes de empresas aéreas e associações da aviação civil estiveram nos encontros. As reuniões foram divididas em dois grupos. A primeira equipe se responsabilizou pelo novo desenho da Terminal, enquanto a segunda visou a determinação dos objetivos do projeto e a criação do plano de medição de performances.




   O Gerente do Projeto TMA-SP Neo, Major Aviador Robson Laube Roque Moreira, diz que a participação dos Controladores de Tráfego Aéreo, pilotos e empresas em todas as fases do projeto é um marco importante. "É um processo de decisão colaborativa em que todas as organizações envolvidas são ouvidas e participam ativamente", destaca.

   O militar explica que a fase inicial do projeto foi o diagnóstico e planejamento, em que foram identificadas possibilidades de melhoria no cenário atual. A fase seguinte é de validação, dividida em duas etapas: a simulação em tempo acelerado e a simulação em tempo real. Na simulação em tempo real, o cenário escolhido passa pela fase de desenho de procedimentos no Instituto de Cartografia Aeronáutica (ICA) e pela homologação desses procedimentos pelo Grupo Especial de Inspeção em Voo (GEIV). A partir disso, são necessários treinamentos para os controladores e então o projeto entra em vigor.




Projeto TMA-SP Neo

   O propósito do projeto de reestruturação da Terminal São Paulo é aumentar a eficiência do tráfego aéreo por meio da remodelação das rotas de voo por instrumentos dentro da Terminal com a inserção das técnicas da Navegação Baseada em Performance (PBN, do inglês Performance Based Navigation).

   O PBN permite que as aeronaves com equipamentos específicos voem em rotas de navegação aérea (RNAV) a menores distâncias longitudinais e laterais. A adoção dessas técnicas trará redução do consumo de combustível e, consequentemente, menores emissões de carbono (CO²), além da otimização do trabalho dos controladores de voo.


Fonte: SRPV-SP, por Sargento Juliana Costa
Edição: Agência Força Aérea, por Tenente Jonathan Jayme - Revisão: Cap Oliveira

O que é a Operação Ostium?

   A Ostium é uma operação de reforço na vigilância do espaço aéreo sobre a região de fronteira do Brasil, realizada de forma permanente pela Força Aérea Brasileira. O objetivo é coibir voos irregulares que possam estar ligados a crimes como o narcotráfico.

   Este ano, diversas ações já foram realizadas como a interceptação que ocorreu no norte de Corumbá, em Mato Grosso Sul, de uma aeronave que vinha da Bolívia com aproximadamente 500 kg de pasta base de cocaína e também a de um monomotor carregado com cerca de 330 kg de cocaína que entrou no espaço aéreo brasileiro sem ter apresentado plano de voo.

   A vigilância do espaço aéreo brasileiro é realizada 24 horas por dia pela FAB por meio de uma rede de radares que cobre todo o território continental do país, além de partes do Oceano Atlântico. Para reforçar a cobertura, são utilizados ainda aviões-radar E-99, baseados em Anápolis (GO) e operantes em todas as regiões.

   Essas informações são reunidas em Brasília (DF) no Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) que pode, de acordo com a necessidade, acionar aeronaves de caça em qualquer parte do País.




   Atualmente, a FAB conta com supersônicos F-5M baseados em Manaus (AM), Anápolis (GO), Rio de Janeiro (RJ) e Canoas (RS), além de turboélices A-29 Super Tucano em Boa Vista (RR), Porto Velho (RO), Campo Grande (MS) e Natal (RN). Também podem ser utilizados helicópteros AH-2 Sabre, baseados em Porto Velho (RO), e H-60 Black Hawk, sediados em Manaus (AM) e Santa Maria (RS). Além de suas bases de origem, essas aeronaves podem operar a partir de outras localidades.

   Já o esquadrão de defesa aérea possui um serviço de alerta, que é exercido por uma equipe composta por piloto, mecânico da aeronave de alerta, mecânico para a operação do armamento e auxiliar. Os militares permanecem de prontidão para o acionamento, caso os radares de defesa aérea identifiquem um tráfego aéreo desconhecido ou ilícito. Ao soar a sirene, o piloto corre para a aeronave, já pronta e armada, tendo pouco tempo para decolar. Somente em voo, ele é informado dos detalhes da missão. O piloto passa, então, a seguir as orientações do Centro Integrado de Defesa Aérea, cumprindo as Medidas de Policiamento do Espaço Aéreo (MPEA) de modo progressivo.




   O trabalho de combate ao tráfico de drogas, bem como outros crimes transnacionais, acontece de forma conjunta com outros órgãos do Brasil e de países vizinhos. Eventualmente, a participação da FAB envolve o monitoramento de tráfegos aéreos para o envio de dados de inteligência ou mesmo acompanhamento à distância de aeronaves suspeitas, de forma a colaborar com autoridades policiais.






Um avião Cessna 208B cai em área de mata em Manaus

   Um avião de pequeno porte caiu e pegou fogo na manhã desta terça-feira (22) em uma área de mata nas proximidades do Aeroclube de Manaus, por trás da avenida Torquato Tapajós e do depósito das lojas Ramsons, bairro Flores, na Zona Centro-Sul da capital. Segundo o Corpo dos Bombeiros, não houve vítimas fatais no acidente.

   A aeronave acidentada é um modelo Cessna 208B matrícula PT-FLW de propriedade da Amazonaves Táxi Aéreo. Segundo funcionários do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes entrevistados pela reportagem, o avião decolou do Eduardo Gomes às 9h47 com destino ao Aeroclube de Manaus. A aeronave caiu e entrou em chamas quando tentava aterrissar.

   Ainda conforme funcionários do aeroporto, o avião fazia um trajeto de translado e, no momento da decolagem, o Aeroporto Internacional Eduardo Gomes funcionava com uso de instrumentos, um procedimento padrão para quando o céu está nublado e com nuvens baixas.





FAB intercepta avião suspeito em Corumbá

Atuação da Força Aérea tem como objetivo defender o espaço aéreo e proteger as fronteiras do país

   A Força Aérea Brasileira (FAB) interceptou no norte de Corumbá, em Mato Grosso Sul, por volta das 7 horas desta quarta-feira (25), uma aeronave que vinha da Bolívia com aproximadamente 500 kg de pasta base de cocaína. Três aeronaves A-29 e um avião-radar E-99 participaram da interceptação que seguiu todas as medidas de policiamento do espaço aéreo, incluindo o tiro de aviso, até chegar na última medida prevista: o tiro de detenção. Esta é a segunda vez que esta medida é tomada pela FAB.




   Após a execução do tiro de detenção, a aeronave, que não tinha plano de voo, fez pouso forçado em um lago localizado na área do Parque Nacional do Pantanal Mato-grossense, quando então foi feita a apreensão da carga ilegal da aeronave pela Polícia Federal.

   A FAB também participou da ação com o envio de um helicóptero H-60 Black Hawk e de militares especializados em busca e salvamento. A ação faz parte da Operação Ostium para coibir ilícitos transfronteiriços, na qual atuam em conjunto com a Força Aérea Brasileira, a Polícia Federal e órgãos de segurança pública.

   Entenda o caso - As aeronaves de defesa aérea A-29 Super Tucano da FAB e o avião radar E-99 foram empregados para monitorar e interceptar o avião. O piloto de defesa aérea seguiu o protocolo das medidas de policiamento do espaço aéreo brasileiro, conforme estabelece a Lei 7565/1986, interrogando o piloto do bimotor, mas não obteve resposta. Nesse momento, a aeronave foi classificada como suspeita.




   Na sequência, o piloto da FAB ordenou a mudança de rota e o pouso obrigatório no aeródromo de Cuiabá (MT), porém o piloto do avião interceptado não obedeceu. Foi necessário que a defesa aérea comandasse o tiro de aviso, informando que o avião interceptado pousasse no aeródromo mais próximo. Ainda sem retorno, foi disparado o tiro de detenção.

   As medidas de Controle do Espaço Aéreo realizadas estão previstas no Decreto 5.144, de 16 de julho de 2004. “Ao tentar se evadir e após se negar a responder a todas as chamadas do A-29 da Defesa Aérea, inclusive o tiro de aviso, a aeronave foi alvejada, o que forçou um pouso de emergência”, explica o Chefe do Estado-Maior Conjunto do Comando de Operações Aeroespaciais, Major-Brigadeiro do Ar Ricardo Cesar Mangrich.

   De acordo com o oficial-general, a ação representa o cumprimento pleno da missão da FAB na garantia da soberania do espaço aéreo brasileiro. “A aeronave em questão não tinha plano de voo, estava com uma matrícula falsa e foi interceptada em decorrência da Operação Ostium, operação permanente e que conta com a participação da Polícia Federal, de diversos órgãos de inteligência e de segurança pública”, afirmou.

   O Major-Brigadeiro Mangrich ressalta a relevância da cooperação de todos que operam no espaço aéreo. “É importante que as aeronaves realizem o plano de voo em todas as regiões em que este está previsto nas regras de trafego aéreo", diz.

   Todas as ações da FAB na fronteira também seguem o que é previsto no decreto 8.903, de 16 de novembro de 2016, que instituiu o Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF) e prevê a atuação integrada e coordenada dos órgãos de segurança pública, dos órgãos de inteligência, da Secretaria da Receita Federal do Brasil do Ministério da Fazenda e do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas contra ilícitos transfronteiriços.





Força Aérea Brasileira abre vagas para Curso de Formação de Sargentos

As Instruções específicas já estão disponíveis e as inscrições iniciam em 11 de fevereiro

   A Força Aérea Brasileira (FAB) abre seleção para a primeira turma do Curso de Formação de Sargentos (CFS), com ingresso previsto para janeiro de 2019. As inscrições para a seleção começam no dia 11 de fevereiro e terminam no dia 12 de março. Para acessar as instruções específicas do concurso, clique aqui. A taxa de inscrição é de R$ 60,00.

   As vagas são destinadas a candidatos de ambos os sexos, que atendam às condições e às normas estabelecidas nas instruções específicas. Para serem habilitados à matrícula no CFS 1/2019, os candidatos não devem possuir menos de 17 nem completar 25 anos de idade até 31 de dezembro de 2019 e ter concluído, na data da Concentração Final do certame, o Ensino Médio do Sistema Nacional de Ensino.

   O processo seletivo é composto de provas escritas de Língua Portuguesa, Língua Inglesa, Matemática e Física, inspeção de saúde, exame de aptidão psicológica, teste de avaliação do condicionamento físico e validação documental. As provas escritas ocorrerão no dia 27 de maio de 2018.

   Os aprovados em todas as etapas do processo seletivo e selecionados pela Junta Especial de Avaliação (JEA) deverão se apresentar na Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), em Guaratinguetá (SP), no dia 13 de janeiro de 2019, para habilitação à matrícula no curso que terá duração de dois anos.

   Após a formatura na instituição de ensino, o aluno será promovido à graduação de Terceiro-Sargento e será classificado em uma das Organizações Militares do Comando da Aeronáutica (COMAER), localizadas em todo o território nacional, de acordo com a necessidade da Administração.

Confira abaixo a quantidade de vagas por especialidade:

BMA – Mecânica de Aeronaves: 50

BMB – Material Bélico: 13

BEV – Equipamento de Voo: 6

BCT – Controle de Tráfego Aéreo: 128

SGS – Guarda e Segurança: 30

Total de vagas oferecidas para o CFS 1/2019: 227