Os Aeroportos de Fortaleza, Porto Alegre, Florianópolis e Salvador
Três empresas estrangeiros vão assumir as concessões dos quatro Aeroportos leiloados. O governo arrecadou R$ 3,72 bilhões com a concessão dos terminais de Porto Alegre, Salvador, Fortaleza e Florianópolis.
O investimento mínimo projetado para os quatro aeroportos juntos é de R$ 6,61 bilhões durante o prazo de concessão, que será de 30 anos (prorrogável por mais 5) , com exceção do aeroporto de Porto Alegre, cujo prazo é de 25 anos (prorrogável por mais 5).
A disputa foi marcada pela participação exclusiva de empresas estrangeiros, que já administram grandes aeroportos no mundo. Nos leilões anteriores, as construtoras brasileiras foram as protagonistas e levaram os contratos. Os administradores de aeroportos estrangeiros tinham parcelas minoritárias - Guarulhos, por exemplo, foi vendido para um consórcio com 90% de participação da Invepar e apenas 10% da ACSA e Viracopos era liderado pela UTC e Triunfo e a administradora tinha 10% de participação.
Veja quem foram os vencedores da 4ª rodada dos leilões de aeroportos:
Em 2013, a empresa disse que considerava adquirir participações em diversos aeroportos, inclusive terminais no Brasil, mas não conseguiu arrematar a concessão de nenhum aeroporto brasileiro no leilão feito no final daquele ano.
Em 2013, o aeroporto de Confins foi arrematado por um consórcio formado pelas empresas Companhia de Participações em Concessões CPC, que é controlada pela CCR (75%), Zurich Airport International AG (24%) e Munich Airport International Beteiligungs GMBH (1%).
O grupo já está presente no Brasil há pouco mais de dois anos por meio do braço de energia - a Vinci Energies, baseada no Rio de Janeiro. A filial opera com as marcas Omexom (que atua na área soluções para geração, transmissão, transformação e distribuição de energia) e Actemium (de soluções para o mercado industrial e de infraestrutura). As empresas atuam nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Bahia e Pernambuco.
A companhia, que opera atualmente 35 aeroportos no mundo, também está de olho em oportunidades na Indonésia e na Índia, onde vai enviar nas próximas semanas uma oferta para a construção de novo aeroporto de Mumbai.
A Vinci tem avançado em concessões de mercados de expansão mais acelerada e mais lucrativos, como aeroportos e rodovias fora da França, bem como em acordos de engenharia em energia, como forma de responder à fraqueza do mercado doméstico.